domingo, 3 de julho de 2011

MEU PRIMEIRO AMOR...

Tarde da noite, por estes dias, tenho refletido muito. O arrependimento sempre volta a minha memória com um gosto doce. Eu queria mesmo era voltar no tempo, refazer todo aquele caminho que fizemos, não cometer tantos erros e esvaziar muitas outras garrafas de champanhe. Queria ter desbravado todos os mares contigo, porque acho que foi isso que valeu a pena. Ser um desbravador do universo... Eu tinha sede! Sede de verdade, sede da doçura que era conhecer o que é humano... Eu era ingênuo...

Hoje, em meio ao arrependimento, só tenho desejos de ter uma outra vida, desejo viver um outro alguém, só pra passar por este caminho de novo...

O primeiro amor é terno.
O primeiro amor é ingênuo e infantil, é desequilibrado, mas cuidadoso...
O primeiro amor é sempre seguro, mesmo quando descuidado.
É sempre honesto, mesmo que em ignorância.
O primeiro amor é sempre claro mesmo como a chuva fina no meio do sol em fim de tarde...
É dócil, ainda que às vezes triste.
É simples, mesmo que pareça complicado...
Nada nunca será tão surpreendente quanto o primeiro amor.

Em meio à ruína da minha vida, só o que me faz sorrir é a esperança de que o amor exista. Posso confiar nisso de olhos fechados, porque um dia eu vivi o amor de verdade, completo, amor/metade, complexidade irredutível, simplicidade inexorável...

Obrigado por ter vivido comigo a parte mais doce da minha vida... Espero que saiba que me lembro de ti em todos os cálices amargos que sou obrigado a beber fingindo que aquele amor voltará...
Em todos os olhares por que passar... nenhum me verá de verdade, como você viu.
Nenhuma mão que me tocar sentirá a sinceridade da minha pele.
Nenhuma palavra que me for dita terá a credibilidade das suas palavras.
Nenhuma corrente aguentará o peso da distância como a nossa corrente aguentou...

Todos os nossos elos estão em pedaços, porque o tempo enferruja qualquer fortaleza. Mas apesar disso, quero que sinta em seu coração todos os dias a energia do meu bem querer...





Oswaldo Juliano Sandi

4 comentários:

Messias Daniel disse...

o amor verdadeiro sempre deixa marcas
uma delas é a saudade !

Oswaldo Sandi disse...

... a saudade do que foi e que não volta mais.
Saudade das pessoas que fomos e pelas quais já passamos há tanto tempo...
Infelizmente nossa essência ficou no passado, junto com todas as lembranças!

Anônimo disse...

Eh sempre tempo de recomeçar. Vc sabe disto.

Oswaldo Sandi disse...

Não, Sr. Anônimo(a), é sempre tempo de retomar, e isso nunca será a mesma coisa... =´(